terça-feira
Transmetropolitan 01 à 03
Criada por Warren Ellis e desenhada por Darick Robertson, Transmetropolitan foi criada em 1998 para a estréia do selo Helix, uma investida da DC no gênero de ficção científica. O selo durou pouco mais de um ano, mas a revista sobreviveu e migrou para a Vertigo, destinada a leitores adultos. Talvez essa seja a melhor maneira de definir o título: ficção científica em quadrinhos para gente grande. Ler Transmetropolitan é entrar num barco futurista, cujas linhas modernas não conseguem disfarçar a trilha de óleo diesel que ele deixa para trás ou as pessoas famintas que o fazem funcionar.
Spider Jerusalem vive num futuro não muito distante. O mundo sobreviveu a um inverno nuclear e, agora que as dificuldades foram resolvidas, não quer mais que uma vida medíocre. A tecnologia permite pedir comida ou roupas a seu processador molecular doméstico. Essa mesma nanotecnologia criou sensores tão minúsculos e numerosos que virtualmente não existe mais privacidade.
Mas quem se importa com isso, se seu programa preferido pode ser projetado em qualquer superfície na hora que mais lhe agradar? Alterações morfogenéticas, dando a um indivíduo características de um animal (ou mesmo de um alienígena ou dois), são tão comuns quanto piercings hoje em dia. E, para quem aprecia coisas realmente novas, há hambúrgueres de carne humana, feita de clones criados especialmente para isso, que têm cérebro o suficiente apenas para regular suas funções orgânicas até que cheguem à idade adulta. É um futuro em que o que é bom hoje será muito melhor, o que não consegue compensar pelas coisas que, se hoje já são ruins, no futuro estarão muito piores.
No primeiro número da série, Spider Jerusalem, depois de publicar livros de imenso sucesso, é forçado por cláusulas contratuais a abandonar seu refúgio nas montanhas e retornar à Cidade. O jornalista se vê obrigado a voltar a escrever e a exercer sua profissão da única maneira que considera possível: escancarando as verdades que vê, ofendendo a tudo e a todos, tentando com suas colunas arrancar seus leitores da vida alienada que levam. Não há abismo social grande o suficiente que escape da pena de Jerusalem - nem mesmo o presidente está imune ao veneno do personagem. No entanto, num mundo em que os poderosos fazem praticamente o que querem e a ética quase não existe mais, Spider logo vê que as conseqüências do que escreve afetam não apenas a ele, mas também influenciam a vida - e a morte - de milhares de pessoas.
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2 comentários:
Criada por Warren Ellis e desenhada por Darick Robertson, Transmetropolitan foi criada em 1998 para a estréia do selo Helix, uma investida da DC no gênero de ficção científica. O selo durou pouco mais de um ano, mas a revista sobreviveu e migrou para a Vertigo, destinada a leitores adultos. Talvez essa seja a melhor maneira de definir o título: ficção científica em quadrinhos para gente grande. Ler Transmetropolitan é entrar num barco futurista, cujas linhas modernas não conseguem disfarçar a trilha de óleo diesel que ele deixa para trás ou as pessoas famintas que o fazem funcionar.
Spider Jerusalem vive num futuro não muito distante. O mundo sobreviveu a um inverno nuclear e, agora que as dificuldades foram resolvidas, não quer mais que uma vida medíocre. A tecnologia permite pedir comida ou roupas a seu processador molecular doméstico. Essa mesma nanotecnologia criou sensores tão minúsculos e numerosos que virtualmente não existe mais privacidade.
Mas quem se importa com isso, se seu programa preferido pode ser projetado em qualquer superfície na hora que mais lhe agradar? Alterações morfogenéticas, dando a um indivíduo características de um animal (ou mesmo de um alienígena ou dois), são tão comuns quanto piercings hoje em dia. E, para quem aprecia coisas realmente novas, há hambúrgueres de carne humana, feita de clones criados especialmente para isso, que têm cérebro o suficiente apenas para regular suas funções orgânicas até que cheguem à idade adulta. É um futuro em que o que é bom hoje será muito melhor, o que não consegue compensar pelas coisas que, se hoje já são ruins, no futuro estarão muito piores.
No primeiro número da série, Spider Jerusalem, depois de publicar livros de imenso sucesso, é forçado por cláusulas contratuais a abandonar seu refúgio nas montanhas e retornar à Cidade. O jornalista se vê obrigado a voltar a escrever e a exercer sua profissão da única maneira que considera possível: escancarando as verdades que vê, ofendendo a tudo e a todos, tentando com suas colunas arrancar seus leitores da vida alienada que levam. Não há abismo social grande o suficiente que escape da pena de Jerusalem - nem mesmo o presidente está imune ao veneno do personagem. No entanto, num mundo em que os poderosos fazem praticamente o que querem e a ética quase não existe mais, Spider logo vê que as conseqüências do que escreve afetam não apenas a ele, mas também influenciam a vida - e a morte - de milhares de pessoas.
uma das minhas séries favoritas, impossível não gostar so Spider
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