Lendo a história, os leitores, mesmos os mais novos, poderão notar que não há nada de novo no que foi apresentado. Então eu me pergunto: O que faz essa primeira edição ser tão prazerosa de se ler? A resposta está na própria história, onde Joss Whedon dá a tônica de sua abordagem através de Kitty: "...são os pequenos detalhes". E não somente os pequenos detalhes, mas o respeito com que o escritor trata todos os leitores e suas caracterizações das personagens. Ele conseguiu ancorar seu desenvolvimento nas cinzas da fase anterior e trouxe do limbo o que houve de melhor das fases mais ancestrais.
Não é por acaso que Kitty Pryde é o fio condutor. "...as pessoas tendem a gostar de você", nas palavras de Scott. Muito mais do que Claremont, que vê Katherine como sua propriedade, Whedon sabe que ela, apesar de ser sua personagem favorita, é uma personagem de ligação entre os leitores e X-Men.
Sobre a trama não tenho muito que comentar ainda, a não ser a já batida tentativa de se encontrar uma cura para os mutantes e as excelentes caracterizações das personagens. Os diálogos são precisos e bem marcados, não estando gratuitamente, nem parecendo forçar alguma coisa. É tudo muito natural e há momentos marcantes para todos os personagens.Agora, de nada adiantaria esses elementos textuais com uma arte ruim ou regular. E "boa" é o pior adjetivo que pode ser usado para qualificar o trabalho de Cassaday. Ao contrário de George Pérez, por exemplo, que consegue o milagre de, em uma página normal, inserir mais quadros do que podemos imaginar – sem prejudicar a narrativa –, Cassaday obtém o mesmo satisfatório resultado, porém com o menor número possível. Outro elemento marcante de seu traço é o domínio das expressões faciais em seus personagens. Cassaday não é bom, não é ótimo. Ele é excepcional.
Texto - Fanboy (editado)
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